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Entrevista | Jorge Lucas: a voz do Batman, Lex Luthor e muitos mais


Foto: Jorge Lucas | Crédito: Nana Moraes
 
Em grande estilo, é com imenso prazer que trago a primeira entrevista do site! O ator e dublador Jorge Lucas cedeu uma exclusiva ao UMDCNAUTA.online!

Tenho certeza que você conhece a voz dele, seja como: Batman (de Ben Affleck), Lex Luthor (Smallville), Charlie Sheen, Vin Diesel, RuPaul, e muitas outras vozes que esse mestre já interpretou. Talvez o conheça, também, pelas suas aparições em novelas e séries de TV, como: A Diarista, Casos e Acasos, Força Tarefa, Pé na Jaca, Você Decide, Faça sua História, Nós da Escola, A Lei do Amor e Bom Sucesso.

Então, é isso. Eu e alguns entusiastas nos reunimos para desenvolvermos as perguntas ao dublador e ator Jorge Lucas. A leitura é com vocês!


ENTREVISTA

UMDCNAUTA: Como você ingressou no mundo da dublagem? E por que escolheu a profissão?
JORGE LUCAS: Comecei fazendo um curso de dublagem com profissionais extremamente conceituados, dentre eles: Mário Jorge, Mônica Rossi, Paulo Pinheiro, Hamilton Ricardo e Márcio Simões. Isso foi em outubro de 1991. Eu já era ator de teatro, formado pela Uni-Rio, já fazia teatro infantil, projeto-escola e tentava entrar no mercado mais a sério. Sempre amei televisão e sempre me interessei em saber de quem eram as vozes que ouvia nos desenhos e filmes que assistia, desde pequeno. Sabia que é um mercado de e para atores profissionais e fui descobrir se eu levava jeito para o ofício da dublagem. Logo na 1ª aula percebi que sim, apesar de muito difícil, técnico e cheio de detalhes que só com o tempo aperfeiçoei. Digo que ser ator é algo que está no meu caminho desde cedo. Quando brincava sozinho com meus bonecos, criava vozes diferentes para eles, histórias intermináveis e me divertia, absorvido pelo meu imaginário. A dublagem foi uma forma de fincar âncora no mercado, desde o início, além da realização de um sonho de infância.
 
UDCN: Alguma dublagem marcou sua infância? Dentro da profissão você possui referências para dublagem? Alguém que lhe inspire e admire?
JL: Algumas dublagens são inesquecíveis e são várias as minhas referências infantis: Sônia Ferreira dublando Barbra Streisand em “Hello Dolly”; Mário Monjardim e Orlando Drumond em Salsicha e Soccoby Doo, respectivamente; Selma Lopes como Woopi Goldberg e Marge Simpson; Marlene Costa como a mulher biônica; Waldir Santana, o eterno Homer Simpson; a divina Ida Gomes dublando magistralmente a Malévola e a Madame Medusa nos desenhos da Disney; qualquer dublagem feita por Newton da Matta, Júlio Chaves, Juraciára Diácovo, Vera Miranda, Sônia de Moraes, Nelly Amaral, André Filho. Perceba que todos esses dubladores, citados acima, vinham do teatro ou do rádio-teatro e rádio-novelas, a base da excelente dublagem brasileira, e são eles minha maior inspiração.

UDCN: Como é a rotina de um dublador? E como funciona a seletiva de trabalhos?

JL: A rotina de um dublador é exatamente a falta de rotina. Há momentos de grande produção em que corre de um estúdio para o outro, durante o dia inteiro; vai-se à São Paulo para dublar por dois dias, retorna-se para o Rio; e há momentos, como é corrente na vida do ator, de não haver muita produção e bate a incerteza, a insegurança. Por isso que é uma profissão para quem tem vocação e emocional para segurar os altos e baixos. A seleção é feita por testes e indicações.


UDCN: Com uma vasta lista de personagens dublados e sendo voz fixa de diversos atores de Hollywood, como foi para você saber que, depois de anos dublando Ben Affleck, teria a oportunidade de dublá-lo, interpretando o Batman? Houve algum desafio para realizar a dublagem, (principalmente na variação de vozes entre Batman e Bruce Wayne)?
JL: Com certeza, até hoje, no mercado de dublagem, foi meu maior sonho realizado ter dublado o Batman, o homem morcego. Eu dublo o Ben Affleck há 26 anos. Logo, amadurecemos juntos, voz, emocional, vida e vê-lo fazendo aquele que, para mim, é o melhor Bruce Wayne da história do cinema, e como ele foi criticado, quando de sua escalação, foi emocionante. Me diverti dublando e me relembrei de mim mesmo, criança ao lado do meu irmão, assistindo Adam West e Burt Ward, naquela paródia maravilhosa e inesquecível dos anos 60. Jamais poderia me imaginar dublando o Batman décadas depois, dando vida ao herói mais humano e icônico de todos, perturbado e sensível ao mesmo tempo. O maior desafio, e esse é o maior em qualquer trabalho de ator/dublador, é manter a humanidade do personagem, é respeitar o trabalho que foi feito pelo meu colega e dirigido, e roteirizado, e discutido por meses a fio de pré-produção. Inclui-se o fato de estar dando vida a um personagem amado há décadas, numa superprodução esperada com ansiedade por todos, advinda de um HQ e franquia de alcance mundial. Em relação às vozes, não houve dificuldade. Fiz minha voz normal para dar vida ao Bruce e quando era o Batman, ela levava efeito de estúdio e mixagem, como o próprio é no original. Foi uma honra, um prazer, uma benção e uma lembrança que sempre terei na vida ter dublado o Batman.

UDCN: Sua voz me é familiar desde a época dos Power Rangers (Ok, entregando a idade agora hahaha). É visível que tem um contato com o universo dos heróis, desde o começo. Uma voz que me marcou muito foi a do Lex Luthor de "Smallville", tanto que quando vejo o ator falando originalmente, tenho impressão de ser a sua voz falando apenas em inglês. Como foi pra você dublar um dos vilões mais icônicos do universo DC por tanto tempo?
JL: Lex Luthor é incrível! Adorava dublá-lo! Michael Rosenbaum, o ator, o interpretava muito bem, com todas as nuances, degraus e variações que o personagem merecia, sem nunca cair no estereótipo do psicopata comum. Os vilões são sempre muito instigantes, pois eles carregam em si o peso da humanidade, os traumas injustificados ou não, e sempre dão ao ator mais chances de colorir seu trabalho, desde que ele saiba usar bem a paleta de cores e suas ferramentas como ator. E, honestamente, acho que o seriado era dele.

UDCN: Na parte da animação, você deu sua voz ao Kid Flash de "Os Jovens Titãs", e consegue passear muito bem em três personagens bem distintos do universo DC. De Batman, um herói amargurado por seu passado; à Lex, um vilão que luta contra a sua própria natureza em vários momentos. Já na animação "Os Jovens Titãs", você dubla um personagem mais leve e para um público até mais novo. Para buscar esse equilíbrio de entrega de resultado, você busca um pouco a origem do personagem ou deixa fluir conforme a história?
JL: Temos sempre que respeitar aquilo que nos é apresentado pelo produto. Não posso fugir às características do personagem, nunca, ou farei um trabalho dissonante e ruim. No caso desses 3 personagens, eles são famosos e marcam nossas vidas, e sempre há a direção de dublagem a nos informar e encaminhar no melhor caminho de trabalho. Dublagem é um trabalho em que tudo o que preciso saber sobre o personagem está na tela. Claro, há os perfis que vêm dos estúdios, as famosas “cartas criativas” com as informações básicas e fundamentais a serem seguidas pelo ator/dublador que vão da personalidade do personagem à uma questão física. No Batman, por exemplo, eu recebi a indicação da Warner, donos do produto, de não subir muito o tom da minha voz, mantê-la sempre mais grave possível para caracterizar a amargura do Cavaleiro das Trevas.
 
UDCN: Mudando de universo, você também dublou o ator Mark Ruffalo (Hulk) em um dos filmes de Vingadores. Essa sua ligação com os heróis, nas telas, se reflete em sua vida pessoal? Costuma consumir quadrinhos/filmes/séries do gênero?
JL: O Hulk é um caso de amor que tenho. Me identifico com o Bruce Banner e sua serenidade constante para não liberar o “cara”. É outro herói humano que muito me deu prazer em dublar, assim como o Mark Ruffalo, a quem considero um grande ator e já tive o prazer de interpretá-lo em outros filmes. Li muito quadrinho quando era mais jovem, cheguei a fazer álbum de figurinhas na infância. Esse universo dos heróis sempre me atraiu. Também sempre consumi e continuo assistindo e me divertindo com filmes e séries que são lançados no gênero, de "X-Men"(sou fã) à "Titans" passando por "Umbrella Academy" e "Guardiões da Galáxia"(amo), tudo me diverte, obviamente tenho meus preferidos.

UDCN: Em uma de suas entrevistas você elogiou o Batman de Ben Affleck como um dos melhores dos cinemas. Particularmente, também concordo. Dito isso, você tem relação pessoal com o personagem ou foi apenas mais uma voz do Ben Affleck que você já dubla por 25 anos?
JL: Como disse acima, foi o maior presente que até hoje ganhei na dublagem, enquanto fã de heróis e como ser humano. Foi uma epifania me ver no cinema da Warner, em Los Angeles, em janeiro de 2016. Sim, eles levaram os 4 principais de cada versão de sua respectiva língua para assistirem ao filme em tela aberta, pois essa chegaria para ser dublada nos países com proteção contra hackeamento, já que era um lançamento estrondoso e aguardado. Então, estar naquele cinema, com meus amigos queridos e de longa data, Sílvia Salusti, Guilherme Briggs e Sérgio Cantú foi a constatação de uma trajetória correta, iluminada, da realização de sonhos que, nem mesmo eu poderia imaginá-los quando pequeno assistindo a Liga da Justiça, nas tardes de domingo após o almoço em família. Dublar o Batman, assim como ter dublado o Fox Mulder, dos "X-Files", Jake Sully de "Avatar" e o Charlie Harper de "Two and a Half Man" e tantos outros, foi e é mais do que apenas ter trabalhado e recebido, é a certeza de uma estrada muitas vezes difícil, incerta, temerária às vezes, mas sempre, sempre gratificante e abençoada!

UDCN: Existe algum personagem que gostaria muito de interpretar? Qual seria sua maior realização como dublador?
JL: Acredito que o melhor personagem está sempre por vir, seja qual for a área. Sempre será um desafio novo, um universo desconhecido. Já dublei grandes estrelas internacionais e anseio por seus próximos projetos para me provocarem a dar o meu melhor, e também aqueles atores nem tão famosos em projetos “menores” e que sempre me dão aulas diferentes e me instigam no meu melhor. Do Johnny Depp ao ilustre desconhecido do seriado que ainda será produzido.

UDCN: Saindo do universo da DC, além das dublagens citadas até o momento, você tem em seu currículo uma vasta lista de personagens icônicos, como: Charlie Sheen (Two and Halfman), David Duchovny (Arquivo X), Vin Diesel (Velozes e Furiosos), Chapéu Seletor (Harry Potter), Ben Stiller (Entrando Numa Fria), Marlon Wayans (Todo Mundo em Pânico), Johnny Depp (Piratas do Caribe 5), Jamie Foxx (Django Livre), entre muitos. Tem algum, em específico, que você carrega com carinho e se orgulha em ter feito?
JL: Todos os que estão citados na pergunta e mais RuPaul; Matt Damon; Vigo Morthensen; Carl (Simpson’s); Thomas Gibson; tantos por quem tenho carinho e apreço, fica difícil lembrar.

UDCN: Diante de tantas dublagens marcantes, houve alguma situação mais inusitada e engraçada?
JL: Suspender a gravação de "Criminal Minds" porque dei um espirro ao entrar no estúdio, ter crise de alergia, o nariz entupir e ficar impossível de entender o que eu falava.

UDCN: Você, além de dublador é ator. Pude conferir alguns dos seus trabalhos em novelas e séries. O último papel, inclusive, foi como o médico Mauri, no folhetim "Bom Sucesso" da emissora Globo. Portanto, fica a pergunta: dublar é uma preferência ou uma escolha?
JL: Dublar é um prazer! Uma arte a quem devo grandes momentos, amigos e trabalhos de minha vida. Um ofício que me ensinou a ser pontual e profissional, a respeitar o trabalho do colega, a ser disciplinado, a ter raciocínio rápido para solução de problemas.

UDCN: Percebo o quanto é apaixonado por dublar. Essa é uma característica na maioria dos dubladores brasileiros. Existe um porquê?
JL: Porque somos bons, amamos o que fazemos, é divertido, somos gratos e é um trabalho delicioso!

UDCN: Uma dica para galera que tem interesse pela profissão de dublador: por onde devem começar?
JL: A melhor coisa a ser feita para quem iniciar na carreira artística é fazer um bom curso de teatro. Ele é a base de tudo, sem ele o ator é raso e sem cores para oferecer ao seu personagem aquilo que ele merece, o seu melhor. O palco é a grande matriz, depois enverede para outras paragens. Essa é a minha dica.

Esse foi o papo com o carioca Jorge Lucas Costa, ator e dublador há 28 anos. E se vocês, assim como eu, adoraram essa aula de humildade, simpatia e talento deste Mestre, deixarei, logo abaixo, suas redes para acompanharem o seu trabalho e ficarem ligados nas produções que têm o toque de sua voz.

----------------- JORGE LUCAS NA REDE: SIGA-O NO INSTAGRAM -----------------

PS: Sempre achei um exagero quando ouvia que alguém virou mais fã do entrevistado, após a experiência. Mas, cá estou eu, constatando a veracidade nesta informação! É, virei mais fã, Jorge Lucas.

Muito obrigado pela oportunidade!


Entrevista | Jorge Lucas: a voz do Batman, Lex Luthor e muitos mais Entrevista | Jorge Lucas: a voz do Batman, Lex Luthor e muitos mais Reviewed by Andre Guilherme on abril 17, 2020 Rating: 5

22 comentários

  1. Arrasou na entrevista e adorei a escolha por entrevistarem dubladores! Muitas vezes conhecemos as vozes, sem nem imaginar quem são na vida real... Como atriz isso me agrada bastante! Parabéns!! ❤️

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    1. Essas vozes são as que nos acompanhamos por anos e dão vida a nossos personagens preferidos, temos que valorizar sempre :D

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  2. SHOW! O Jorge Lucas é um puta dublador, conheço o trabalho dele desde quando eu era pequeno.
    Muito boa a entrevista, parabéns André. * - *

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    1. Valeuuu maninho do Alasca que não divulgarei o nome! Tu é o cara hahahaha Mas só depois do Jorge Lucas!!

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  3. Parabéns pela entrevista, Andre! Como tradutora, pude conhecer um pouco mais da complexidade da dublagem (inclusive o momento da tradução do texto que será interpretado pelos dubladores) e ter contato com a excelência dos dubladores brasileiros. O Jorge Lucas é um desses profissionais incríveis, e essa entrevista foi uma grande oportunidade de saber o que ele tem a dizer. Sem contar que o Lex era meu crush da pré-adolescência hahaha

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    1. Bah, que dá hora saber que essa entrevista foi de encontro com o que faz e lhe fez conhecer mais esse mundo! Ele é incrível mesmo, um cara ímpar! Lex Luthor um vilão que geral amava odiar (ou vice-versa) hahahaha

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  4. Eu, sinceramente, nem sei o que falar, mas vamos começar com:

    "Perguntas bem interessantes com respostas bem maneiras".

    Jorge Lucas não mentiu. Ri horrores da suspensão da gravação de Criminal Minds. Fiquei, de fato, imaginando a cena dele espirrando, tendo ataque de alergia... Hahaha impossível!
    E ele parece se orgulhar tanto do trabalho como dublador, fala com tanto orgulho, respeito sobre isso, que é lindo de ver, né?!

    Parabéns pela entrevista, adorei as perguntas e amei as respostas!! ;)

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    1. Eu tbm ri muito nessa parte, pq penso, o caso engraçado foi APENAS suspender a grava~]ao de Criminal Minds pq teve um ataque de alergia hahahahahaha Obrigado! Obrigado!!!! :D

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  5. Parabéns André, excelente entrevista com esse mito da dublagem, já que muitos desses personagens você acaba associando mais pela voz do Jorge Lucas do que pelo próprio áudio original!

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    1. Em muitos personagens o Jorge é o persona em si! Eu mesmo vejo o Michael Rosenbaum falando com a voz do JL hahahahahahaha Mito é pouco pra ele! Valeuu Lucão!

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  6. Ótima entrevista com um ótimo dublador! Excelente trabalho!

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  7. Parabéns!! excelente trabalho e que rica a carreira do entrevistado. Em algum momento da minha vida sonhei em ser dubladora <3 E esse lance de estudar teatro é fundamental! Fica a dica pra galera que sonha com o mundo da dublagem.

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    1. A entrevista é recheada de dicas pra toda pessoa que quer seguir seu sonho, seja artístico ou não. Que aula que o Jorge me deu!! Obrigado Beca!

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  8. CARA, QUE LINDO ISSO. Entrevista incrível, com um dublador incrível, por um redator incrível! Acho que sucesso é de família ;) hahaha Parabéns, primo! É só o começo!

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    1. O sucesso é de família sim! Pega a capa vermelha e voa junto! Para o alto e avante, prima!! Tmj, Gi!!!

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  9. Nossa, eu amo esse ator e não sabia da metade das dublagens dele. Estou chocada!!! Excelentíssimo trabalho, Jorge Lucas. E Andre, adorei a entrevista. Questões muito boas!

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    1. O Jorge é um monstro de artista, Mestre mesmo!!! Que bom que curtiu a entrevista, Lu :)

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  10. Show de entrevista! Sonho com o dia em que os profissionais da dublagem tenham o devido reconhecimento em nosso país!

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    1. Finalmente estão começando a ter esse reconhecimento, afinal eles que embalaram boa parte da nossa infância, nos acompanham! Merecem máximo respeito!!

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  11. O Jorge manda muito bem nas vozes mesmo. O Charlie Harper sem ser dublado é até estranho de se ouvir. A dublagem do Lex em Smallville também é excelente assim como as do Ben Affleck. E pela entrevista dá pra ver que ele é um cara super gente boa. Grande entrevista Andre. Show de bola.

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    1. Exato, é um personagem que prefiro ver dublado que a voz original. O Jorge absorve tão bem a essência do personagem que a voz parecer ser parte do ator original! Ele é fenomenal! Valeu por conferir, Marcão!

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